terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Gilbert Keit Chesterton

 

“Hoje não há outra instituição no mundo que esteja atenta a prevenir as pessoas dos falsos caminhos. O policial chega muito atrasado quando tenta prevenir os homens do erro. O médico também chega muito atrasado, pois ele só vem para trancafiar o louco, e não para aconselhar um homem são em como não ficar louco. E todas as outras seitas e escolas são inadequadas para este propósito. Não é porque cada uma delas não possa conter uma verdade, mas precisamente porque cada uma delas contêm a sua verdade. Nenhuma das outras realmente pretende conter a verdade. Isto é, nenhuma das outras realmente pretende estar buscando na mesma direção. A Igreja não está simplesmente armada contra as heresias do passado e mesmo do presente, mas igualmente contra as do futuro, e estas podem ser o exato oposto destas do presente. O catolicismo não é ritualismo; pode no futuro lutar contra algum tipo de superstição ou de um exagero idolátrico do ritual. O catolicismo não é asceticismo; repetidas vezes no passado reprimiu exageros cruéis e fanáticos de asceticismo. O catolicismo não é meramente misticismo; está agora mesmo defendendo a razão humana contra o mero misticismo dos pragmáticos. Assim, quando o mundo tornou-se puritano, no século XVII, a Igreja foi acusada de tornar a caridade um sofisma, por tornar tudo fácil por causa do confessionário. Agora que o mundo não está se tornando puritano, mas pagão, é a Igreja que em todo lugar protesta contra uma lassidão pagã do modo de vestir e tantos outros costumes. Está sendo feito o que os puritanos desejavam que fosse feito. Entre todas as possibilidades, tudo que é melhor no Protestantismo somente sobreviverá no Catolicismo; e neste sentido, todos os católicos serão puritanos quando todos os puritanos serão pagãos”.


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